Nos últimos dias, lemos, vemos e ouvimos nos mais diversos meios de comunicação, jogadores da seleção brasileira reclamarem da Jabulani, a bola da Copa. Para os atletas canarinhos a bola é ruim, difícil de rolar.
O técnico Dunga, por sua vez, não poderia ficar de fora das críticas ao o instrumento de trabalho utilizado por sua trupe, o general Dunga, um dos responsáveis por vender a Copa de 98 para os franceses, dá o ar da graça alfinetando o francês secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke dando a seguinte declaração, "Se ele jogar e testar a bola vai ter opinião diferente. Ele não entrou em campo, só sabe falar. E não foi só o Brasil que reclamou, foram jogadores acostumados na Europa".
Diante das declarações do Dunga, que está se achando o Deus na terra, mas que não vai trazer o caneco do hexa, faço uma análise criteriosa em relação a essa declaração.
Os atletas citados por Dunga, assim como nossa seleção e grande parte dos jogadores que estão representando nosso país, são patrocinados pela indústria de materiais esportivos Nike, e a bola da Copa, é fabricada pela concorrente Adidas.
A prova de que tudo não passa de uma mera reclamação visando interesses comerciais, é a cena em que o craque Kaká beija a tão polêmica bola da Copa. Claro, que a atitude do brasileiro não e para amenizar a discussão em torno da Jabulani, mas sim defender os próprios interesses, já que o meia brasileiro é patrocinado pela fabricante da bola, a Adidas.
Foto da polêmica Jabulani, a bola oficial da Copa - 2010, fabricada pela Adidas. (foto retirada da internet)
É importante ressaltar que na Copa de 98, antes mesmo da competição começar já se ouvia por todos os cantos que o campeão a sagra-se naquele ano seria uma seleção européia. Dito e feito, o Brasil em uma final toda confusa, com nossos craques caindo pelos cantos. O Ronaldo, por exemplo, à época era o melhor do mundo, teve uma convulsão antes da partida e mesmo assim estava escalado entre os titulares.
Durante a partida era nítido a falta de empenho dos jogadores, inclusive do capitão Dunga, que em jogos anteriores era um verdadeiro carrasco em campo, não admitia falhas, mas na final armada pela Nike, patrocinadora brasileira e da seleção da casa, a França que nunca tinha ganhado um título mundial, sagrou-se campeã naquela Copa diante de milhares de pessoas que estarrecidos não acreditavam no que viam.
Dunga, sua trupe e a CBF, querem que o mundo engula que a bola é ruim por mero interesse comercial, além de tirar o foco para uma apresentação medonha, que nitidamente está se encaminhando, e para que ninguém seja culpado acusam a bola de ser a grande vilã.
Como já dito, o Dunga não é boa gente, afinal foi um dos que vendeu a honra brasileira diante da França.
Wilson Taveira Guardia.