sábado, 12 de março de 2011

Desabrigados pelas chuvas em Mauá não recebem auxílio e prometem manifestação em frente a prefeitura


O problema que perdura desde janeiro afeta cerca de 200 famílias na cidade e está muito longe de ser resolvido.

Segundo os moradores, a prefeitura prometeu conceder um auxílio emergencial no valor de R$ 300,00 para custeio de aluguel, para todos aqueles que tiveram suas casas interditadas pela defesa civil ou destruídas pelas chuvas.

Mas a história não é bem essa, é o que afirma Sueli Carneiro, que teve a casa derrubada pela prefeitura. “Eu perdi minha casa em 12 de janeiro e até agora eles só me pagaram um aluguel. O de fevereiro eu peguei com dinheiro emprestado e o de março, que vence no dia próximo dia 15 não sei como vou pagar”.

Nossa reportagem entrou em contato com outros moradores que passam pelo mesmo drama da dona de casa Sueli. Eles afirmam que algumas famílias estão morando em tendas no Jardim Zaíra 04, que além da falta de moradia digna sofrem com a escassez de alimentos.

Durante a busca de informações para esta matéria, o carpinteiro Antônio Francisco da Silva falou ao nosso repórter que muitas famílias, assim como a dele, não receberam nem se quer um mês do auxílio, e que está sendo obrigado a comprar menos alimentos para poder pagar o aluguel. “Prefiro deixar de comer, do que  ser despejado e ter de ir morar na rua”.

Para tentar resolver esta situação, cerca de 50 moradores foram até a secretaria de habitação de Mauá buscar explicações, porém depois de aguardarem mais de quatro horas foram atendidos um a um por uma assistente social, porém a reposta parecia um disco riscado que sempre diz a mesma coisa, “infelizmente não temos previsão para os pagamentos, por favor volte para casa”

Indignados, os desabrigados prometeram que na próxima segunda-feira farão um protesto em frente ao Paço Municipal.

Nossa reportagem foi pessoalmente até ao departamento de comunicação da prefeitura em busca de uma resposta oficial em relação aos problemas relatados. Felizmente fomos atendidos, porém na praça em frente ao prédio da administração municipal e em uma breve conversa com o Léo Bueno, recebemos a seguinte resposta.

“Os pagamentos não estão sendo efetuados, em alguns casos, pois existem divergências cadastrais. As informações apresentadas na secretaria de habitação não conferem com as informações coletadas por nossas assistentes sociais em campo. Para resolver esta questão os moradores devem procurar novamente o departamento de habitação do município e atualizar os cadastros. É importante ressaltar que todos os casos serão analisados individualmente. Agora, aqueles que já receberam algum auxílio podem ficar tranquilos que em breve o pagamento será retomado”.

Nossa reportagem indagou o assessor de imprensa sobre qual seria essa “breve retomada de pagamento” e a resposta foi, “não sabemos, só sabemos que será pago”.

Moradores de Mauá protestam em frente a prefeitura do município.
A situação não será resolvida tão fácil e rápido o suficiente para tranquilizar as famílias, segundo interpretação dos dados passados pela assessoria de imprensa da prefeitura. Pelas informações passadas Mauá tem uma renda per capita de R$ 1.000,00 por ano, ou seja, esse valor tem que ser distribuído em outras áreas, algumas também muito críticas como a da saúde e educação.

Wilson Taveira Guardia.

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